2007
O Palhaço Arco-Íris

O Palhaço Arco-Íris

Era uma vez uma aldeia, um bairro, uma rua, como tantas aldeias, tantos bairros e tantas ruas deste país… Com meninos e meninas, que brincavam, cantavam e se divertiam. E com um circo que acendia risos na cara dos mais pequenos… Até que um dia apareceu Xena, Mortix e Violêncio: três super-heróis, capazes de transformar o mundo às cores num mundo a preto e branco e a alegria num enorme mar de tédio. Nesta ameaça à fantasia e à vida, era o mundo da infância e o futuro do mundo que pareciam estar em perigo…

O Palhaço Arco-Íris é uma peça que é ao mesmo tempo um jogo: entrar nela é percorrer, a brincar, o mundo das crianças, das suas memórias, dos seus sonhos, é também estar atento ao mundo das atracções vendidas pela sociedade de consumo e pelos mass media e é ainda viajar no mundo do circo, do seu encanto e das suas surpresas.
Mas há jogos que supõem dois campos, luta, competição, confronto. O jogo da vida não é simples e nele temos muitas vezes de escolher entre caminhos opostos. No jogo do palhaço Arco-Íris a acção é também feita com mundos diferentes de diferentes valores. Por um lado, há o confronto que resulta da diversidade de culturas e etnias que a imagem do arco-íris tende a resolver pelo reconhecimento de que é belo o que é diferente e colorido, e, assim, esta peça é um manifesto contra o racismo e contra a exclusão; por outro lado, há o confronto do mundo do circo, da sua alegria e das histórias que transporta no riso dos palhaços, com o mundo da violência, presente na sociedade actual e em muitas das suas formas de “diversão”, como tantos filmes, video-jogos e bandas-desenhadas que fazem da guerra a forte atracção para a sua venda e proliferação.
Em O Palhaço Arco-íris os super-heróis da alegria, os palhaços, procuram ajudar as crianças a escapar ao sonho hipnótico em que meia-dúzia de super-heróis violentos e sem alegria as lançou. A imaginação criadora, a invenção da alegria, as cores da esperança são as armas que permitirão vencer o tédio, a submissão, a tristeza e a discriminação: “um arco-íris no céu/ havemos nós de fazer:/ eu e tu, tu e eu,/ como amigos a valer!…”

João Maria André

Ficha Técnica

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    Autor: Ricardo Rodriguez

    Tradução, adaptação e encenação: João Maria André
    Assistentes de encenação: Ofélia Libório e Cândida Ferreira
    Cenografia: Carlos Madeira
    Banda sonora original: Luís Pedro Madeira
    Marionetas: Helena Marques e Eurídice Rocha
    Cartaz: Rita Madeira
    Desenho de luz: Nuno Patinho
    Apoio na expressão corporal: Vânia Gala
    Caracterização: Teresa Paula Lopes
    Operação de luz e som: Hugo Silva
    Voz na Canção do Palhaço Triste: Joana Torres
    Efeitos vídeo: Carlos Leite
    Produção: Cristina Janicas e José Manuel Carvalho – Cooperativa Bonifrates

    Elenco:
    Alexandra Silva
    André Pereira
    Artur Providência
    Bárbara Janicas
    Beatriz Janicas
    Filipa Janicas
    João Cardoso
    João Fragoso
    João Miguel
    João Diogo Silva
    Mariana Gomes
    Mariana Silva
    Matilde Paz
    Miguel Ramos
    Nuno Eufrásio
    Sara Hall.

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