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Memorial de Hiroxima (2021)

A 6 de agosto de 1945 foi lançada uma bomba atómica sobre Hiroxima, seguida, três
dias depois, de uma segunda bomba sobre Nagasaki. Mais de 150 mil mortos, nesse dia e nos dias seguintes, foram uma das consequências desta terrível tragédia.
A memória das vítimas, e vítima foi também toda a humanidade, impõe-nos o direito e
o dever de não esquecer. 

Memorial de Hiroxima é um recital performativo que incorpora poesia, música, dança e vídeo e que pretende fazer uma evocação do que significou o lançamento de primeira bomba atómica. A base para a seleção de poemas é uma antologia de poesia portuguesa editada em 1967, com o título Hiroxima e publicada pela Nova Realidade, enriquecida com outros poemas
mais recentes. Organiza-se em quatro secções: 1) Olhar Hiroxima; 2) Escutar Hiroxima; 3) Sentir Hiroxima; e 4) Saber Hiroxima para lá de Hiroxima. Porque é preciso lembrar o olhar, escutar as vozes e os seus silêncios, sentir a dor e as suas marcas e saber que Hiroxima não
terminou em Hiroxima, já que em cada vítima da guerra há uma Hiroxima que renasce.
O espetáculo, com conceção e coordenação de Ana Paula Santos e João Maria André,
tem cenografia do Atelier do Corvo, coordenação musical de Amílcar Cardoso, coreografia e dança de Inesa Markava, vídeo e desenho de luz de Nuno Patinho, contando com as interpretações de Inesa Markava (dança), Ofélia Libório (canções) e Ana Paula Santos, Cândida Ferreira, José Castela, Madalena Damasceno, Rui Damasceno, Tiago Henriques (poemas).
Conta ainda com a parceria do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, de Te-ato e de Páteo das Galinhas e o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, da Direção Regional da Cultura do Centro e do Museu Nacional Machado de Castro. Foi pedida a devida autorização à autoridade local de
saúde.