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Os últimos dias de Emmanuel Kant (2012)

Os últimos dias da vida de Kant, segundo o génio dramatúrgico de Alfonso Sastre, sob o olhar alucinado de E.T.A. Hoffmann, com recurso à narrativa de Quincey, bebida do relato de Wasianski…


Matéria mais do que suficiente para um jogo desconcertante em que a aura intelectual de uma das mais importantes figuras do pensamento ocidental se confina à reprodução doutoral de títulos e máximas desprovidos do seu conteúdo, se avilta na sofreguidão canibalesca de extrair, ainda, do homem que se apaga, uma palavra inteligente, um gesto elevado, um olhar inteligente sem que se olhe de frente para o fim anunciado na cantilena infantil de já não se sabe a música nem a letra.


Uma dança infernal da vida — fraca, mesquinha, luminosa e sobrevivente — iludindo a fragilidade do ser e adiando o fedor implacável da morte.


Aos meus amigos actores e a todos os que andaram comigo neste novelo, obrigada por tudo.

Sílvia Brito