Era uma vez um soldadinho, que era companheiro de aventuras de um palhaço sensível chamado Pierrot, que admirava uma vaidosa Barbie, que se servia de um índio e de um chinês como seus guarda-costas, que queriam expulsar desta casa e desta história uma boneca de trapos, que tinha sido apanhada na rua pelo cão Leal, que… que… que…
Esta é uma história de bonecos e de bonecas. Mas é também uma história de crianças. Uma história de bonecos que são como as crianças e uma história de crianças que não são muito diferentes dos seus bonecos. É verdade: quem sai aos seus, não degenera… E se os bonecos não fossem apenas bonecos? E se, lá no fundo da noite, quando os meninos e as meninas adormecem, os bonecos acordassem para uma outra vida, feita de sonho e de fantasia, de amores e paixões, de jogos e ternura, mas também de invejas, de violência, de desentendimentos, e ainda de paz, reconciliação e perdão?! Será que os bonecos aprendem com as crianças? E as crianças, não terão elas também alguma coisa a aprender com os seus bonecos?
Esta é uma história sob a forma de jogo e um jogo sob a forma de história. Feita por bonecos que são crianças e por crianças que são bonecos. Para as crianças todas que há por dentro de todas as crianças e também para todas as crianças perdidas dentro dos adultos que já se esqueceram de que foram crianças. Feita por bonifrates. Bonifrates Júniores. Bons irmãos (irmãozitos) e companheiros no mundo da fantasia e da aventura. Bons irmãos (irmãozitos) que acreditam que o mundo pode ser um lugar bonito para se viver. Se todos quisermos. Com muita força.